sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A minha terra

Sou do Boiçó, não esqueço
Enquanto vivo eu for
Ali tive meus princípios
E orientação, da melhor

No Inverno, tirava as botas
Para a Ribeira atravessar
Levando os livros às costas
À Escola não podia faltar

Na marmita ia o almoço
Que a minha mãe preparava
Presunto, queijo e broa
Era aquilo que mais gostava

Os deveres faziam-se à noite
Com uma candeia a iluminar
Depois da chegada das cabras
Que eu ajudava a ordenhar

Quando algum pobre chegava
Logo a minha mãe o recolhia
Comida e dormida lhe dava
À fogueira ele se aquecia

Os Valores que aqui aprendi
Para toda a parte os levei
Auxiliar os necessitados
É coisa que não esquecerei.

2 comentários:

Anónimo disse...

O que eu gosto de rever estas imagens que me são tão familiares. Várzea dos cavaleiros sempre a minha terra.

Unknown disse...

Natural da Várzea «Cabeço», com estreita ligação ao Boiço, particularmente, à família do autor deste Blogger, muito podia escrever aqui sobre as nossas vivências enquanto jovens e a importância que a família Morgado tinha na economia local. Hoje apenas quero endereçar à família os meus sentidos pesamos pela morte do seu irmão Manuel Jorge.